fabricante: Pearl Izumi

O Pearl Izumi EM Road N2 faz parte de mais uma linha da descontinuada marca Pearl Izumi no Brasil. A marca, ao que tudo indica, deixou o país recentemente junto a outras fabricantes de calçado que não conseguiram embalar nas vendas em mercados nacionais.

Contudo, é interessante analisar o tipo de tênis comercializado no estrangeiro para abranger os critérios de avaliação sob os tênis fabricados e vendidos no Brasil. O EM Road N2, por exemplo, abrange um conceito de calçado intermediário, podendo ser alocado também como tênis de velocidade – apesar de haver contrapontos a quanto a isso.

Com alguns pontos que não agradaram muito e outros que mantém mais do mesmo, o Pearl Izumi EM Road N2 dificilmente deixaria saudades no país. Entenda o porquê.

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Pearl Izumi EM Road N2 é bom?

Prós

  • Conforto

    Uma empresa japonesa jamais desdenhará do conforto. Por esse motivo, Pearl Izumi EM Road N2 apresenta um calçar incrível, quase como uma meia. Com um cabedal em tecido sem costuras com mesh confortável e totalmente ventilado, permitindo uma grata respirabilidade da peça.

  • Design

    Optando por um caráter mais minimalista, o Pearl Izumi incrementa seu design com cores simples, sem alterações ao padrão do que um tênis de corrida necessita e mantendo um acabamento simples e limpo.

  • Forma

    A forma larga na região do toe box permite uma liberdade maior para os dedos do pé, não promovendo uma sensação de desconforto, aperto ou qualquer outro eventual problema que um toe box estreito pode causar.

  • Suporte

    O suporte é agradável graças à amarração. Efetuando um trançado bastante uniforme ao longo da parte superior do pé, o suporte se torna eficiente, impedindo deslocamentos do pé no interior da peça.

Contras

  • Amortecimento

    O amortecimento não apresenta a maciez ou a responsividade. É apenas uma pisada seca com uma entressola robusta. Não encaixou em nenhuma das categorias, fazendo do tênis um grande desconforto no que tange a pisada.

  • Flexibilidade

    A tecnologia inserida na região da entressola é bastante rígida, impedindo qualquer flexibilidade da peça, que até conta com um cabedal que permitiria agradável flexibilidade.

  • Drop

    De 11mm para 4mm? Segundo a Pearl Izumi, o drop seria reduzido em 7mm após uso constante do calçado. Contudo, segundo experiência de usuários e crítica, não foi o que se notou. Pouca alteração e uma propaganda, aparentemente, que não condiz com a realidade.

  • Custo/benefício

    O preço não se mostra muito competitivo em relação ao mercado. A linha Prorunner, da Mizuno, que se assemelha muito a este modelo está ainda em vigor com seus modelos antigos, estando, inclusive, a frente do Peral Izumi EM Road N2.

  • Peso

    Por fim, o peso não condiz com a proposta de velocidade. Com 280g no modelo masculino, o calçado é muito pesado. Talvez com 30g a mais do que realmente deveria ter.

Avaliações especialistas

Mais Positivo

Peyton Hoyal

Ele funciona muito bem para os corredores que procuram simplesmente aproveitar sua corrida. Eu recomendaria este tênis para quem possui a corrida como um hobby mais secundário, e ainda atentaria para os demais modelos da linha Pearl Izumi.

Mais Negativo

Runner's World

O teste no Laboratório da Runner's World confirmou um ponto negativo grave: sem reais sulcos flexíveis na espuma para ajudar a curvar-se facilmente. Além disso, a flexibilidade está a par com o que encontramos em outros modelos no mercado.

Atributos

  • Tecnologia

    - E:Motion: composição de espuma que se alonga do calcanhar até a região do antepé para promoção de amortecimento da peça.

    - Sock-Like: tecido em mesh confortável colocado na região do cabedal.

  • Durabilidade

    O tênis apresenta uma resistência interessante, mas isso, aparentemente, é em virtude da rígida camada de entressola alocada na peça. Uma entressola mais rígida, consequentemente, infere numa resistência maior.

  • Amortecimento

    Difícil uma avaliação minuciosa do amortecimento do EM Road N2. Isso porque a promoção de uma pisada mais seca agrada alguns corredores que optam por utilizar esse tipo de calçado em treinos de ritmo ou regeneração. Contando a maioria das experiências, o amortecimento deixou a desejar visando a proposta total do calçado.

  • Flexibilidade

    Inexistente. Assim como a durabilidade do calçado, a ausência de flexibilidade é decorrente de uma entressola rígida, o que impede uma maior flexibilidade de uma peça com um cabedal digno de uma companhia de entressola melhor.

  • Ventilação

    O mesh do cabedal com tramas abertas possibilitaram uma boa respirabilidade na peça, promovendo uma boa circulação interna de ar no interior do calçado.

  • Aderência da Sola

    A tração do Pearl Izumi EM Road N2 é suficiente. Fica numa média aceitável, principalmente se for avaliar um terreno de asfalto. Contudo, em superfícies molhadas o calçado não se saiu tão bem como o esperado.

Características

  • Cabedal

    Cabedal

    Mesh com tramas entre abertas e totalmente confortável. Além de promover um calçar agradável, ele também contribui para uma formidável ventilação interna.

  • Entressola

    Entressola

    Robusta, mas ineficiente seguindo a proposta. Rígida, nada macia e sequer responsiva. Uma difícil avaliação, tamanha a qualidade que esta entressola prometia à primeira vista e primeiras sensações.

  • Solado

    Solado

    Extensão da entressola, contando com uma linha emborrachada que atravessa ao longo da sola do calçado, oferecendo estabilidade e aderência.

ANÁLISE

O Pearl Izumi EM Road N2 assume certo risco, devido ao fato de o tênis não ter um aspecto que impressione, e possuir, além disso, alguns defeitos que podem, com certeza, afastar potenciais compradores. A ideia de um tênis que não se encaixa na categoria intermediário, pela ausência de maciez na entressola, ou de uma categoria de performance, devido a falta de responsividade, deixam o pesado modelo Pearl Izumi para trás em qualquer competição.

A necessidade de algo a mais no Pearl Izumi EM Road N2

O modelo carrega o conforto do cabedal como único carro-chefe do modelo. Sem apresentar qualquer diferencial dentro do mercado, ele acaba se adequando, em comparativo direto, com o Mizuno Prorunner 18, perdendo em todas as categorias para o primo japonês. Contudo, apesar de não apresentar um destaque gigantesco, o conforto é realmente um primor, mas não se sustenta pelo valor pedido pela Pearl Izumi.

O Drop e o amortecimento insuficientes

Dois pontos que desagradaram muito crítica e usuários. O fator de drop alto que “reduziria conforme uso” acabou sendo uma falácia sob a crítica de variados críticos e usuários do modelo. Além disso, a pisada seca oferecida pelo calçado não condiz com a proposta, trazendo um desconforto ao corredor e não oferecendo maciez ou responsividade prometida. No fim, é um tênis sem categoria que promete muito.

Considerações finais: Talvez por um valor abaixo dos R$ 300 ele poderia ser uma interessante opção para treinos rápidos e ritmos. Contudo, sua avaliação – julgando o valor exposto – deixa bastante a desejar do ponto de vista comparativo aos demais modelos similares no mercado, bem como na sua utilização diária. Enfim, um tênis que não deixa saudades.