fabricante: Nike

O Nike Zoom Fly é o primeiro modelo lançado após o evento Breaking 2, organizado pela Nike, que visava o alcance do recorde mundial da maratona abaixo das duas horas de prova. Apesar dos selecionados não conseguirem por alguns segundos acima do tempo, o evento trouxe ótimas observações para a Nike na montagem de modelos posteriores ao Breaking 2.

Um modelo extremamente aguardado pelos corredores que desejavam ver de perto as mudanças realizadas e os pontuais ajustes feitos pela marca americana após os estudos feitos ao longo do evento. À primeira vista, e sobretudo após lançamento de primeiras imagens, o visual agradou muito, dando conta de um tênis de construção com pontuais alterações.

Com um belo design, o Nike Zoom Fly adota os mesmo princípios do Nike Zoom Vaporfly Elite, o tênis de elite da marca adotado pelos maratonistas de alto calibre. Um modelo similar que oferece velocidade e qualidade para treinos diários.

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Média Geral

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Nike Zoom Fly é bom?

Prós

  • Ventilação

    Com um mesh compondo tramas abertas, o modelo apresenta um cabedal com sobreposição e conforto sem abrir mão da respirabilidade. Uma boa circulação de ar e extrema capacidade de ajuste através da tecnologia FlyWire – mesmo sem muito destaque.

  • Amortecimento

    Uma entressola robusta, com maior drop do que os comuns tênis de performance. Os 10mm são percebidos e sentidos ao calçar. Apesar de não se assemelhar aos demais tênis voltados para o desempenho – e mais parecendo um tênis de amortecimento –, o Nike Zoom Fly apresenta uma boa resposta após pisada, mesmo que a absorção de impacto seja uma constante ao longo da passada.

  • Leveza

    Em torno dos 250g é o suficiente. Nada extremamente leve, principalmente para não abrir mão do bom conforto do calçado. Especificado por quem encabeça a produção do modelo, o modelo conseguiu aliar a leveza com um conforto maior de uma forma que nem o tênis de Elite pós Breaking 2 conseguiu.

  • Suporte

    A construção do modelo é totalmente voltada para minimizar as tensões imprimidas no tendão de Aquiles ao longo da meia maratona ou da própria maratona. Desde o suporte ao desvio de 10mm de drop. O objetivo era um e ele foi atingido com qualidade.

  • Conforto

    O modelo impressiona pelo conforto. Sendo o único dos três modelos lançandos após o Breaking 2 que aliou um colar com maior preenchimento de espuma, uma entressola mais robusta e um cabedal com sobreposição mais significativa, potencializando, assim, o conforto ao usuário.

  • Sem costuras

    A ausência de costuras não foi uma surpresa para os corredores, que já percebem uma tendência forte na marca americana em abolir as costuras do seu cabedal.

Contras

  • Rígido

    A flexibilidade é inexistente. Abrindo mão da flexibilidade para aumentar o suporte? Talvez. Contudo, não é admissível que um tênis de performance não apresente, sequer, uma mínima flexibilidade, mesmo que o conforto seja acentuado.

  • Durabilidade

    Apesar de ser uma construção bastante encorpada, serão poucos os corredores que alcançarão os 500 quilômetros com este modelo.

Avaliações especialistas

Mais Positivo

Sole Review

Via: SoleReview

A espuma da entressola do calcanhar tem essa linha suposta separando densidades de espuma firme e macia. As fendas no pé traseiro superior se assemelham com a da Nike Structure. O perfil da entressola em ambos os lados do tênis também possuem uma grande quantidade de estética semelhante.

Mais Negativo

Taísa Luna

Via: Ativo

O desvio de 10mm do Nike Zoom Fly é projetado para tentar minimizar a tensão no tendão de Aquiles e a altura de 33mm promete proteger contra os impactos a cada quilômetro.

Atributos

  • Tecnologia

    - Lunarlon: injeção de EVA mais leve, macio e responsivo para promoção de conforto à pisada.

    - Placa Nylon: injetada com carbono com o objetivo de promover propulsão ao corredor.

    - FlyWire: promoção de suporte e firmeza à parte interna do calçado pela parte externa.

    - FlyMesh: tecido de tramas abertas com sobreposição de proteção com intuito de promover ventilação sem abrir mão do conforto.

  • Durabilidade

    Com uma resistência baixa, o modelo deixou um pouco a desejar neste quesito. Com um design que apresenta uma característica minimalista – mesmo que não seja –, ele realmente deixou a desejar, sendo difícil que algum corredor alcance os 500 quilômetros com este modelo.

  • Amortecimento

    Uma entressola robusta e um amortecimento condizente. Macia e absorvendo o impacto, a entressola não decepciona na boa resposta, mesmo que não seja um tênis, em essência, responsivo. Um meio termo entre a maciez e a resposta.

  • Flexibilidade

    Inexistente. Um tênis totalmente rígido e sem qualquer capacidade de flexão. Uma crítica feita pelos usuários, principalmente porque esperava-se ao menos uma leve flexibilidade, tratando-se de um tênis de performance.

  • Ventilação

    Mesmo com um mesh em sobreposição, a ventilação é agradável e suficiente. Uma boa circulação de ar interna percebida, bem como respirabilidade constante ao longo da corrida.

  • Aderência da Sola

    Um grip de qualidade, contudo apenas em superfícies secas. Em asfaltos molhados o corredor pode ter uma grande dificuldade. Isso porque o emborrachamento a partir do médio pé não apresenta a mesma qualidade da injeção de borracha adotada no calcanhar.

Características

  • Cabedal

    Cabedal

    Tecnologia FlyMesh que agrega sobreposição de tecido como proteção e potencialização (da já baixa resistência) em combinação a uma ventilação interna agradável.

  • Entressola

    Entressola

    Robusta e macia. Absorvendo impactos através da tecnologia Lunarlon, mas compensando na resposta com propulsão pela Placa de Nylon.

  • Solado

    Solado

    Um grip fraco em superfícies molhadas e sem qualquer preocupação com uma maior disposição do bom emborrachamento do calcanhar.

ANÁLISE

O Nike Zoom Fly é um novo modelo lançado em 2017, em semelhança alguma com os dois modelos Zoom Fly que outrora foram lançados no passado. Outra tecnologia, outro conceito. Uma nova fórmula que combina amortecimento sem abrir mão de uma boa resposta através da propulsão. Um conforto digno de aplausos e o ganho do usuário ao adquirir um tênis de boa qualidade e extremamente confortável.

Uma nova construção no Nike Zoom Fly

Um tênis que chama a atenção por ser um modelo de performance, diretamente ligado às competições e com características mais próprias a treinamentos e rodagens. Contudo, a ideia da Nike foi reduzir peso, conquistar conforto e potencializar a aerodinâmica em combinação à propulsão – que no caso do modelo Zoom Fly pós Breaking 2 assumi a característica de resposta do calçado.

Os incrementos foram muito bem recebidos pelo público. Um cabedal chamativo para a sobreposição e a ventilação mantida, uma entressola de combinação em Lunartelos com Placa Nylon para promover absorção de impacto e consequente propulsão e o preenchimento de espuma exato com o intuito de chegar ao peso ideal. A Nike testou e conseguiu aquilo que queria.

Baixa durabilidade

Um tênis de tamanha qualidade deveria, ao menos, beirar os mil quilômetros de uso. Segundo alguns comentários de especialistas e usuários, dificilmente o calçado agüente os quinhentos quilômetros de rodagem, sendo um tênis muito frágil e, de certa forma, questionando-se a própria qualidade de apresentação da marca americana que escanteou a longevidade da peça.

Nosso veredicto? Tudo o que é bom parece durar pouco. Infelizmente isso não é um elogio ao Nike Zoom Fly. Contudo pesa a questão da abrangência de qualidade que é explorada pela peça, apesar de sua durabilidade baixa. Para adotá-lo apenas em competições – sobretudo meia maratonas – é um tênis ideal. Entretanto para quem deseja um tênis para treinar e competir pode esquecer esse modelo nas prateleiras.