Brooks Ghost 10 é bom?
Prós
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Construção
Uma construção firme e estruturada. O Ghost 10 apresenta uma forma compacta e bem segmentada para promover um bom encaixe do pé do corredor à peça. Um modelo que conta com boa seleção de materiais e estruturado do cabedal ao solado.
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Conforto
O tênis é bastante confortável, seja no primeiro contato do pé com a parte interna da peça, seja no contato direto com a superfície. Um modelo que agrada utilizar em provas de longas distâncias, não causando dor nos pés ou aperto incessante.
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Maciez
O conforto é refletido na maciez do calçado. Alguns usuários comentaram que calçar o Ghost 10 é como “pisar em nuvens ou no próprio ar”, dada a maciez que o calçado aterrissa, como também sua absorção de impacto que anula o choque de contato.
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Amortecimento e Absorção
Muito presentes, a combinação de um EVA leve e a tecnologia DNA corroboram para um amortecimento eficiente no retorno de energia, uma responsividade suficiente e uma absorção de impacto constante.
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Tração
Um bom grip de contato para superfícies mais lisas, como o asfalto. Majoritariamente utilizando em superfícies onde exijam maior capacidade de tração, o Ghost 10 acaba por funcionar bem neste sentido.
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Amarração
Os cadarços chamaram muito a atenção, principalmente por se dirigirem até a ponta da língua do tênis. Alguns especialistas comentaram que este fator auxiliou muito a compensar a ausência de suporte no colar.
Contras
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Suporte frouxo
Ausência de suporte na região do colar incomodou muito os usuários. O tornozelo acaba ficando um pouco solto no calçado e mexendo bastante ao longo do trajeto.
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Durabilidade questionável
Segundo relatos, o tênis começa a se deteriorar rapidamente, principalmente na região do solado.
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Aderência em superfícies molhadas
Apesar de uma boa aderência no asfalto seco, a chuva pode ser um vilão para o Ghost 10. Com dificuldade na aderência neste tipo de superfície, o corredor pode ficar a mercê de um grip de maior qualidade para este tipo de terreno.
Avaliações especialistas
Mais Positivo
Michael Mason-D'Croz
Desde que comecei a revisar tênis para corrida, gostei do que vi nos modelos Ghost. Eles se tornaram alguns dos meus modelos favoritos.
Mais Negativo
Sole Review
A maior força do Ghost 10 é sua versatilidade. O encaixe superior atinge muito bem o contato com a palmilha do espaço interior e torna uma passada estável e segura, e o mesmo se aplica a uma corrida equilibrada.
OUTRAS AVALIAÇÕES
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Runner's World
Parece um pouco caro, mas corredores mais experientes afirmam que é um preço pequeno para pagar pelo desempenho geral. O preço do modelo, por sinal, permanece estável pelo quarto ano consecutivo.
Rankings
Atributos
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Tecnologia
O Brooks Ghost 10 aposta em uma gama ampla de recursos tecnológicos, assim como a majoritária quantia de calçados da marca. Incorporando uma forte tendência tecnológica, o Ghost 10 conta com:
- HPR Plus: borracha inserida na região do solado para oferecer uma passada segura e tracionada ao corredor.
- Brooks’ Cush Pod Configuration: é a denominação dada pela empresa para a transição feita entre o solado e a entressola. O intuito é oferecer um trabalho conjunto entre as partes em busca de um retorno de energia mais eficiente.
- BioMoGo DNA: boa acomodação na aterrissagem e absorção de impacto completa.
- Contour-mimiking DNA Foam: oferece responsividade e flexibilidade à peça.
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Durabilidade
Apesar de uma construção reforçada no cabedal, e da ótima composição de entressola, o solado da peça deixa muito a desejar na resistência. Segundo alguns usuários, após alguns quilômetros, a região passa a dar sinais de desgaste e deterioração.
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Amortecimento
Funcionando muito bem no Ghost 10, a combinação das tecnologias DNA (BioMoGo e Contour-mimiking) devem ser uma tendência forte em próximos modelos devido aos vários elogios que a absorção de impacto – e consequente retorno de energia – recebeu.
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Flexibilidade
A boa flexibilidade se deve a opção por uma espuma de entressola macia e maleável. Sustentada ainda pelas flex grooves do solado, o calçado se mostra flexível e com potencial para uma propulsão ao corredor que costuma fazer a transição de retropé > médiopé > antepé.
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Ventilação
Uma boa ventilação é notória, principalmente ao material sintético em tramas abertas que reveste o cabedal. Permite uma entrada constante de ar e uma respirabilidade constante.
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Aderência da Sola
Funciona bem, mas não é um grip que agrada. Tanto pela durabilidade que se mostrou baixa, como também em função das superfícies molhadas. Não correspondendo nestas superfícies, o Ghost 10 até que suporta o asfalto no sol, mas se o tempo fechar, o corredor pode ficar na mão.
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Tecnologia
Os modelos Brooks constantemente são elogiados pelos materiais adotados em seus calçados. Com uma boa seleção, os tênis carregam qualidade carimbada no revestimento. Entre eles estão:
- Blown Rubber: tipo de borracha utilizada na região do antepé do solado;
- Omega Flex Grooves: pequenas borrachas inseridas com o intuito de promover maleabilidade ao calçado;
- Engineered Mesh: material sintético em tramas abertas que corrobora para a boa ventilação interna da peça;
Características
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Cabedal
Um mesh de material confortável no interior e ventilado por fora. Boa construção e proteção sem a necessidade de costuras, além de um cadarço que chama a atenção pela inovação do design, que permite uma língua mais justa ao peito do pé.
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Entressola
Combinação de dois materiais de origem do DNA Foam, da Brooks. O BioMoGo dá a estabilidade, enquanto o Contour-mimiking oferece a flexibilidade necessária para a propulsão.
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Solado
Um grip que deixa um pouco a desejar, mas que faz bem o trabalho no asfalto. Contato rápido e saída imediata. Apesar da insuficiência em terrenos molhados, o solado fica na média entre os tênis de corrida da categoria amortecimento.
ANÁLISE
O Brooks Ghost 10 chega com uma proposta mantida pela marca: muito recurso tecnológico, muita dedicação na construção, mas muito poucos atrativos para diferenciar. A Brooks ainda engatinha no Brasil com poucos modelos. Chegando no ano de 2017, a marca ainda não emplacou um calçado que fizesse os corredores aguardarem ansiosos o modelo seguinte. Será o Ghost o precursor da Brooks no Brasil?
Bons atributos para o Brooks Ghost 10
Adotando boas características na construção e seleção de materiais, bem como no que tange a tecnologia, o Ghost 10 impressiona por sua totalidade. Um cabedal com reforços pontuais, sem costuras e ventilado. Um material arejado, leve e de bom abraço ao pé, promovendo conforto no encaixe do pé junto ao interior da peça.
Pensando nessa construção total, o que chama a atenção é o que a empresa chama de Brooks’ Cush Pod Configuration, que alia entressola e solado para um trabalho em conjunto. Fazendo uma região híbrida que serve tanto para a aderência como para a absorção de impacto e futura transição de passada.
Faltam os destaques
Pelo valor pedido falta aquele brilho. Tornando-se um tênis comum, o Brooks Ghost 10 é realmente muito bom. Porém, apenas fica na mesma linha de outros calçados, não trazendo uma novidade forte ou uma inovação que chamasse a atenção para a marca.
Considerações finais
É difícil não recomendar um Brooks. Os calçados, assim como os da Saucony, possuem um grande prestígio no estrangeiro. Apesar de ainda não serem nomes fortes no Brasil, vale a pena arriscar em modelos de amortecimento e performance das marcas. Tênis de boa qualidade que contam com linhas de ótimo desempenho, ideais para corredores iniciantes e também experientes.
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Brooks Adrenaline GTS 17
Média Geral
2 especialistas: 86 / 100
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Brooks PureCadence 6
Média Geral
2 especialistas: 88 / 100
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Brooks Glycerin 14
Média Geral
4 especialistas: 88 / 100
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Saucony Ride 9
Média Geral
2 especialistas: 89 / 100